quinta-feira, 13 de junho de 2013

Kethlin Fanfic - Cap.2 { A chuva parou }

A professora pediu que anota-se os nomes das duplas em uma pequena folha e ela escolheria o lugar ideal para a gente. Glaucia comemorou porque tivemos a sorte de sermos escolhidas para ir ao Japão, ela parecia animada, mas não queria desanima-la e nem dizer o que Shamira havia dito a mim já que ela é a única que acredita que posso entender minha gata. Tive então a brilhante ideia de não mostrar aos meus pais o bilhete que a diretora havia dado para os pais assinarem a confirmação, então poderia dar a desculpa para a Glaucia que meus pais acharam a ideia absurda e tem suspeitas já que a viagem é de graça. Escondi no lugar mais fundo da minha mochila o bilhete. Tivemos aula de matemática que, para variar, foi um saco. Mais de 1 hora depois fomos para o recreio. Percebi que havia esquecido o meu lanche. Eu sempre esqueço o lanche, não é por querer. Então fui mendigar o lanche da Glaucia.
-Glaucia... - Disse com a voz mais manhosa que o normal
-Está é a ultima vez que te darei o meu lanche Kat! Última! - Ela disse a mesma coisa na sexta-feira
-Você é uma boa amiga! - Comecei a fitar o lanche dela. Dessemos e ela me deu metade do seu lanche no pátio.
-E então, novidades? - Glaucia me perguntou. Ela nunca havia novidades, então sempre tenho que arrumar o assunto no recreio
-Bom...aprendi a fazer uma magia nova. - Menti. Ultimamente, as magias que queria fazer eram de nível alto, tenho praticado bastante, mas não conseguia. Mas a prática leva a perfeição.
-Me mostra?!?!? - Seus olhos brilhavam diferente dos que estavam a algumas horas atrás.
-Quando estiver mais frio, pode ser? - Dei um sorriso e apontei para o céu. Se eu fizesse magia naquele momento, ficaria mais fraca
-Sem problemas. - Então comecei a falar sobre vários assuntos para animar minha amiga. Sobre o tempo, aquelas bitches que aparecem na TV, assuntos que nós já conversamos mas nunca perdem a graça e quando começamos a descobrir que REALMENTE temos bastantes novidades, o sinal do recreio tocou. Estava na hora de subir e ter mais aulas insuportáveis. Muito tempo depois, me despedi de todos na sala e fui para casa a pé. O clima não havia mudado, continuava quente apesar de ser verão. Cheguei em casa, tentando ignorar minha mãe para ela não perceber que estava escondendo algo. Infelizmente falhei
-Oi mãe! - Abria a porta sorrindo e ia pro meu quarto largar minha mochila no fundo do armário e por roupas mais largas que o normal
-Nossa, porque tanta pressa? - Ela me segurou pela mochila na minha tentativa de fugir para o meu quarto
-E-Esses sapatos estão apertando o meu pé. É por isso - A pior desculpa da minha vida
-Compramos eles nesse sábado. E foi porque VOCÊ pediu - Droga. Ela ainda se lembrava que eu havia pedido aqueles sapatos porque os antigos então me apertando demais
-Ah, é né? Bom...eu só quero ir pro meu quartinho feliz - Tentei fugir, mas ainda estava "presa" nas mãos da minha mãe.
-Não vai se importar se eu der uma olhada na sua mochila, não é? - Meu coração batia rápido
-Óbvio que não! Por que teria? - Por vários motivos, pensava. Ela abriu minha mochila e tirou absolutamente tudo até achar aquele bilhete no qual ela havia que assinar. Ela pulava de alegria e achava a ideia incrivelmente perfeita. Falou que me ajudaria bastante e entre outras coisas do tipo. Eu fingia estar feliz também e falei que não queria mostrar para ela porque achei que ela acharia um absurdo. Felizmente, ela acreditou em mim dessa vez. Passou-se um tempo até ficar escuro e meu pai voltou do trabalho e também concordou com a viagem. Entrei no meu computador e comecei a escrever no meu diário virtual. Ninguém mexe no meu computador, então não tem riscos de ninguém ler. "Hoje o dia estava com um sol fraco. mas o tempo não estava nublado, pelo contrário, estava bem azul. Faremos uma viagem daqui a duas semanas, mas tenho um receio ruim. Não quero ir, mas também não quero desapontar as pessoas ao meu redor. Por isso, vou fingir estar feliz pela felicidade dos outros. Qualquer amigo meu faria o mesmo por mim, não é?" do nada parei de digitar e comecei a refletir o que tinha escrito. Desliguei o computador para poder não pensar mais nisso. Fui dormir as 22:00 da noite, o que para mim é bem cedo. Meu quarto estava bem escuro porque meu abajur havia quebrado faz uns dias, apenas a janela aberta iluminava meu quarto. Quando ia me deitar, percebi que Shamira estava no meu travesseiro e me levantei rapidamente.
-NUNCA SE CANSA DE ME ASSUSTAR A NOITE!? - Felizmente minha porta estava fechada. Acho que ninguém ouviu o meu grito
-Não. - Respondeu - É divertido assustar uma boboca como você! - Ela sorria com os olhos.
-Saia da minha cama, quero dormir. - Ela me obedeceu
-Só queria alertar sobre a besteira que fez - Ela falou com um tom bem frio
-Está falando da viagem? - Ela fez um sim com a cabeça
-Acho que algo ruim irá acontecer...mas não vou deixar você em perigo. Apesar de tudo, gosto de você. - Ela dava uma risada irônica
-Não sei se agradeço ou fico com raiva - Susurrei. Mas obviamente, como um  gato, ela ouviu.
-Bom, Kat. Eu percebi uma coisa quando deitei sobre o seu travesseiro hoje. - Deitei-me sobre o travesseiro para ver se entendia sobre o que ela estava falando
-...Ventania - Era o som que eu ouviu dentro do travesseiro
-Sim. Estranho, não é? 
-Com certeza...
-Está assustada?
-Apenas um pouco... - Ela deu uma pequena risada
-Já te disse, ficarei ao seu lado caso qualquer coisa aconteça. - Eu me deitei e ela deitou em cima das minhas pernas. Fiquei um bom tempo olhando para o teto pensando o que de tão ruim poderia acontecer. Talvez fosse imaginação minha já que acredito nas coisas facilmente.
Durante essas duas semanas, a classe só sabia falar dá tal viagem. Uns iam para a Suíça, outros para a Tailândia e assim por diante. Não choveu nenhum dia, ficava um sol fraco que nem no daquele dia. Até que chegou o dia da viagem. Peguei minha malas, meus pais me deram milhares de beijos antes de ir e eu e Glaucia partimos no primeiro voo para o Japão, que era as 5:00  da manhã, o que fez a Glaucia dormir no avião. Eu fiquei vendo um filme e comia toda comida que as aeromoças traziam para mim. Chegamos no Japão 1 dia depois. Óbvio, era do outro lado do mundo. Fomos ao hotel que, não era algo luxuoso. Era pequeno, mas gostava de coisas assim. Coisas muito grandes e perfeitas me irritam demais. Fui abrir minha mala para poder pegar minhas roupas e tomar um banho e me deparei com a Shamira em cima das roupas, dormindo.
-O QUE RAIOS ESTÁ FAZENDO AQUI? - Gritei tão alto que acho que os vizinhos ouviram.
-O que houve Kethlin!?!? - Glaucia chegava com seus olhos vermelhos, prontos para uma briga.
-Nada...apenas isso! - Apontava para a mala com Shamira se espreguiçando.
-Você trouxe sua gata escondida na mala? - Penguntou a Glaucia, seus olhos voltaram ao normal e ela parecia confusa.
-Por que eu gostaria de levar esse ser irônico e ameaçador para cá? - Não menti
-Música para os meus ouvidos! - Shamira olhou para mim com o sorriso mais maléfico que poderia.
-Shamira é realmente irônica. - Glaucia conseguiu entender a Shamira? Como?
-Posso ler a mente de qualquer ser vivo. Esqueceu que sou uma vampira? - Eu realmente tinha esquecido. Eu esqueço de absolutamente tudo.
-De qualquer forma, Shamira, você não pode ficar aqui. Não é permitido animais. - Falei para ela. Nunca fiquei tão feliz na minha vida por poder dizer isso.
-Você é uma vac...não, um filhote de vaca e não é por isso que te expulsaram. - Glaucia estava tentando segurar o riso.
-Quer saber? Fique! Mas por favor, não me pertube! - Eu falei evitando olhar com a Shamira.
-I-M-PO-S-S-I-V-E-L - Ela soletrou bem alto, me irritando.
-Glaucia, vamos dar uma volta por Osaka? - Mudei de assunto, desesperadamente.
-OSAKA!!!! MARIMOS!!! - Fujoshi... - Vamos levar a Shamira, ela não pode ficar aqui, alguém pode vê-la - Nãããão, tudo menos isso.
-Tá bom. - Estava quase chorando por dentro.
Então fomos para Osaka de trem. Não demorou muito para que chegarmos lá e começamos a tirar fotos do local e escrever sobre lá. Era muito interessante(tirando a parte que Glaucia ficou em frente a vitrine olhando os marimos). Enquanto andavamos, Glaucia foi puxada por uma mão e não deu para ver o rosto, fui atrás da pessoa para ajudar minha amiga e Shamira, obviamente me seguiu. Ele a levou para uma sala no meio do nada! Droga, o que aquilo?

Um comentário:

  1. Adorei! Continua, você escreve muito bem. Estou ansiosa para o que acontecerá a seguir.

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